Externalidades territoriais da governaní§a financeira global
DOI:
https://doi.org/10.4067/S0250-71612016000200010Palavras-chave:
políticas públicas, governaní§a financeira, financeirizaí§í£o pública, geografia monetária e cambial, criseResumo
As políticas públicas dos organismos estatais eÍ supranacionais da governaní§a financeira global orientadas a superar a crise implicam na reaí§í£o de financeirizaí§í£o públicaÍ e daÍ geopolítica financeirizada, instrumentos de domínio das economias mais desenvolvidas e/ou de concorríªncia entre elas. SuasÍ políticas pós crise Í€“ preferentemente as monetárias e cambiais -Í geram externalidades ou Í€˜subprodutosÍ€™ territoriais e urbanos a nível pluri-nacional e local, e se traduzem em uma nova geografia das taxas de juros e seus diferenciais,Í reorientando os fluxos de capital a distintos países, e em una nova geografia dos tipos de cambio y suas paridades,Í expressí£o da pugna competitiva entre regiíµes e naí§íµes. Tais políticas, externalizandoÍ muitos dos custos da crise aos governos e í s sociedades das naí§íµes emergentes, levam a sustentabilidade para uns poucos países Í€“ os mais fortes - em troca de vulnerabilidade para muitos outros Í€“ os mais fracos - em uma desigual redistribuií§í£o socioterritorial dos custos e benefícios dos citados ajustes. A arquitetura global do território resultante de taisÍ políticas macroeconí´micas demonstra sua ní£o neutralidade geográfica nem social.
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