Formaí§í£o da macrometrópole no Brasil: construí§í£o teórica e conceitual de uma regií£o de planejamento

Resumo

A macrometrópole, no Brasil, tornou-se objeto de definií§í£o teórico-conceitual e de planejamento entre os anos 1980 e 2010. Nesse processo, pesquisadores e gestores públicos dialogaram com referíªncias e matrizes internacionais dos lugares centrais (Christaller, 1933/1966), da megalópolis (Gottmann, 1961), de Cidade-Regií£o Global (Scott, Agnew, Soja & Storper, 2001) e das megacidades-regiíµes policíªntricas (Hall & Pain, 2009). O presente texto tem como principal objetivo problematizar a formaí§í£o da macrometrópole brasileira a partir desse repertório e avaliar como ele se concretizou numa regií£o de planejamento. Nosso objeto de análise, com origem em ampla pesquisa bibliográfica e documental, sí£o as interpretaí§íµes sobre a macrometrópole elaboradas por pesquisadores; e as aí§íµes planejadoras para seu desenvolvimento. O método está baseado na interpretaí§í£o historiográfica pela sobreposií§í£o de aí§íµes das diferentes disciplinas (geografia, economia, sociologia, urbanismo) que abordaram a macrometrópole nesse período (Lepetit, 2016). Nossas conclusíµes apontam para um pioneirismo da interpretaí§í£o da macrometrópole pela escala regional, mas um conservadorismo na prática das aí§íµes planejadoras.